Ontem, dia 17 de outubro, estive em Santo Amaro da Imperatriz para uma primeira consulta com um cirurgião vascular, por causa de varizes que tem me incomodado. O pequeno hospital da cidade está recebendo pacientes de diversas especialidades encaminhados pelo SUS. Pelo visto, está havendo uma descentralização do atendimento que antes estava todo ele centralizado em hospitais da Capital. Excelente iniciativa, pois a centralização é um mal e deve ser descontinuada para que a população se beneficie.
Notei uma coisa curiosa, também.
O fim da classe média no Brasil! O que acontece na Grande Florianópolis é um reflexo do Brasil. Constatei isso enquanto aguardava para ser atendido.
Quando eu era criança, lá pelos anos 70 do século passado, havia diferenças proporcionais na sociedade. De um pobre miserável a um ricaço as distâncias intermediárias eram preenchidas de modo proporcional de modo que o pobre não sentisse o peso da pobreza pois teria a quem recorrer e o ricaço não esbanjava pois sabia que poderia um dia ocupar o lugar do pobre. Conheci muitos pobres a quem minha família ajudava. Fazíamos parte da escadinha suave que chegava até os mais ricos. Conheci muitas pessoas ricas também. Eles sabiam viver sem pisar naqueles
que tinham menos.
Hoje isso não existe mais! A classe média acabou! As diferenças matizadas entre as pessoas sumiu! E, quem vai sofrer com isso são os menos favorecidos, aqueles que deveriam ser mais protegidos.
Naquele hospital de Santo Amaro ficou patente o mal que a esquerda fez para o Brasil. Ela, com sua política, destruiu a classe que protegia a pobreza e acostumou essa classe a viver de esmola do governo. Empobreceu e aviltou a classe média, de modo que, hoje no Brasil, podemos dizer que existem duas classes apenas: a classe pobre, que depende de esmolas governamentais, e a classe rica, que vive principalmente de dinheiro público. Entre as duas classes, flutuam empresários, proprietários rurais, industriais, que tentam pagar a conta da lambança que fez a esquerda brasileira.